Autor: P.Fernandes (Trebaruna)
Data de Insercao: 10-01-2010 3:45:00
Assunto: AUTARCAS ANEDÓTICOS
Mensagem:
Leiam com atenção: ------------Texto/reportagem publicado no
Diário XXI
-------------Brasão “foi alterado para respeitar a lei”
--------------Quarta-Feira, 02 de Agosto de 2006
-----------------Junta de Freguesia de Loriga (Seia)
desvaloriza polémica----------- Críticas às alterações no
símbolo heráldico da localidade “são descabidas”, garante
António Maurício Moura Mendes, presidente da
Junta ---------------- A alteração do brasão
tradicional da
freguesia de Loriga, no concelho de Seia, para um novo
símbolo, com menos elementos gráficos, tem levantado algumas
críticas por parte da população. Contudo, “o processo de
mudança, iniciado há quatro anos, foi levado a cabo para que o
brasão pudesse estar de acordo com as regras da heráldica”,
garante ao Diário XXI, António Mendes, presidente da Junta de
Freguesia de Loriga. O anterior símbolo, explica o autarca,
“nunca tinha sido registado oficialmente e possuía demasiadas
imagens e cores, o que não estava conforme com as regras” da
entidade que regulamenta a heráldica nacional, o Instituto da
Nobreza Portuguesa. A nova marca de identidade desta freguesia
com cerca de mil e 600 habitantes é agora “um brasão mais
simples, com uma cruz de uma ordem religiosa brasileira e a
ilustração de uns montes e água”, descreve. Para clarificar a
legalidade do processo, António Mendes recorda que, em 2002, o
novo
brasão “foi submetido e aprovado em Assembleia de
Freguesia”. No entanto, o processo de registo junto do INP
ainda não está concluído. “A Junta já pagou mais de dois mil e
500 euros àquela instituição, mas, apesar da nossa
insistência, a aprovação final do brasão ainda não aconteceu”,
lamenta. “Mas pode acontecer a qualquer momento”, ressalva. A
RAZÃO DA POLÉMICA António Mendes considera que “são
descabidas” as críticas em torno do brasão de Loriga. A
polémica terá começado devido a alegadas justificações para a
alteração do símbolo, nomeadamente no que respeita à data de
fundação da localidade. Dúvidas entre séculos XVI ou XII foram
motivos de animada discussão em fóruns na Internet,
nomeadamente num especial dedicado a Loriga, o Portal Loriga
News (www.loriga.org).
----------------------------------NOTA:O que se lê nesta
notícia publicada pelo Diário XXI de 02 de Agosto de 2006 dá
vontade de rir,apesar de o assunto ser muito sério e triste. -
A polémica em torno do brasão da vila de Loriga aconteceu em
primeiro lugar porque os autarcas se recusaram e recusam a
alterar o brasão,tendo maltratado quem os chamou à atenção
para a ilegalidade do mesmo.Depois de literalmente terem sido
obrigados,por um loriguense que nem reside em Loriga,a
tratarem do problema,aprovaram um brasão com o qual os
loriguenses não se identificam e não é representativo da vila!
Portanto,esses foram os principais motivos da polémica,e as
críticas não são descabidas,antes pelo contrário! Nada tem a
ver com "a fundação da localidade",já que Loriga não foi
fundada,nem no século XII,nem no século XVI,sendo muito mais
antiga que qualquer dessas datas,e o presidente da Junta devia
ter vergonha por não conhecer a história da sua terra!Esse
assunto tem a ver com a data do primeiro foral da vila e não
com o brasão,sendo coisas completamente distintas! A cruz que
puseram no brasão não é de uma ordem religiosa brasileira,mas
representa sim uma cruz de prata oferecida à Igreja Matriz de
Loriga por emigrantes loriguenses no Brasil! Símbolos muito
mais importantes para a história e identidade de Loriga,desde
a Lorica que lhe deu o nome milenar,até à roda hidráulica
símbolo da duas vezes centenária indústria loriguense,foram
deixados de fora!Aquele brasão serve para representar qualquer
localidade serrana
habitada por cristãos,e que se saiba em
Portugal ainda são a maioria,não sendo portanto uma
particularidade de Loriga!Esse brasão tem sido muito
parodiado,e uma das coisas que se tem dito é que a junta de
freguesia vai mudar também o nome à vila,passando de Loriga
para Vale da Cruz! O referido brasão foi aprovado pela JFL
contra a vontade dos loriguenses,que não se identificam com
ele,mas também contra a opinião da Comissão de Heráldica e da
editora que tratou do processo! O assunto do brasão é tratado
pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos
Portugueses,e não pelo Instituto da Nobreza Portuguesa que
aliás nem existe! O presidente da junta de Loriga precisa de
fazer muito trabalho de casa,e com gente inculta como esta na
autarquia
loriguense não é de surpreender que tenham aprovado
um brasão daqueles!Não é por acaso que ainda não foi aprovado
pela Comissão de Heráldica (Os autarcas de Loriga podem
esperar sentados!),e se fosse aprovado seria anedótico!
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