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Os toscos "intelectuais" de LORIGA - PORTUGAL



Os toscos ?intelectuais? de LORIGA - PORTUGAL

Armando Pinto

C L ---

Gosto muito de Loriga, a sua linda, muito antiga e histórica terra-natal
onde eu já fui algumas vezes, e faz-me impressão essa vossa aversão e
repugnância pela vossa história e pelas vossas origens. Isso vê-se pela
forma com trataram e continuam a tratar o vosso património histórico e
cultural, e nota-se em coisas tão simples como o tristemente celebre caso
dos vossos símbolos heráldicos, e a repugnância causada pelo antigo nome da
vila e pelo vosso ancestral gentílico (e o Armando já o comprovou aqui mesmo
apesar de declarar ser um homem com alguma cultura).
Incrivelmente, no site da vossa autarquia, constituída por "intelectuais" do
PS vê-se, entre outras asneiras, que o vosso gentilico é "loringuense"
(???!!!), e que o vosso actual "brasão" é o antigo, que é ilegal e não
oficial (como aliás sempre foi e sempre será), e que aquele que será
aprovado como legal e oficial é o antigo!... Não compreendo estas coisas e
os loricenses/loriguenses que conheço não me sabem explicar porquê!...

Armando Pinto ----

Pois...
Acontece que não sou de certas modas, para não dizer outra coisa. Antes de
mais:
se os problemas de Loriga não são o seu brasão nem o seu actual nome ? para
mim o nome por que sempre conheci a minha terra ? bom seria que não se
perdesse tempo ou se consumissem energias com o que nada vale e que, por
vezes, apenas são do domínio do ridículo.
Mas vamos lá. O brasão, o antigo, é ilegal, não respeita as regras da
heráldica e o que mais se queira. E aquele que se sugere vai buscar a sua
legitimidade onde e foi assumido, formal e democraticamente, por quem? Quem
?oficializa? um brasão, já que uma das coisas que se diz é que o antigo não
é oficial? Se, em cima do que é sugerido, um criar um outro ? com todo o
respeito pelas regras da heráldica, em que ficamos depois? Nisto, goste-se
ou não, temos uma questão de princípio. O antigo pode ser ilegal, o sugerido
tem, pelo menos, uma questão de legitimidade, de intrínseca democraticidade.
A questão do nome remete-me para a ridicularia, sobretudo quando se quer
fundamentar ?Lorica? em pretensas razões históricas. Se isso valesse,
Lisboa, na boca ou na pena de certos intelectuais, dever-se-ia hoje chamar o
quê? E podíamos ir por aí fora, que mais exemplos haveria para citar.
E nisto, da mera ridicularia, temos os esforços de alguns ? não sei se não
serão os mesmos - em querer que Viriato seja originário de Loriga. Dava
jeito, seria mesmo uma nice, e toca de investir nessa: Viriato nascido em
Loriga, apesar de os mais estudiosos não conseguirem fixar-lhe, com
segurança, o local do seu nascimento. Conheço alguns Viriatos nascidos em
Loriga, entre eles os meus Pai.
E bastam-me esses. Mas alguns há que com tanta convicção me levam a
suspeitar que tenham estado por lá, quando Viriato nasceu. Só que se
esqueceram de lavrar o registo do nascimento.
E já agora e finalmente: Loriga pode ser uma marca. Tem mérito para isso,
pela sua beleza natural, particularmente. Por isso, bom seria que não se
brincasse com o seu nome, há muito fixado. E quem, não sendo loriguense,
gosta de Loriga, conhece-a por esse nome. E também a eles esse nome basta.

C L ----

Quanto ao nome da sua terra-natal, ninguém questiona o nome Loriga, apenas
não se compreende a repugnância causada por Lorica a palavra latina que lhe
esteve na origem e que faz com que o senhor também possa ser tratado por
loricense (outro termo repugnante para si).
Isso sim, é ridículo! Quer gostem ou não a história e a filologia dizem que
o antigo nome da sua terra-natal era Lorica! E que me diz do inexistente
gentílico "loringuense", que pode ler-se no site da vossa Junta de
Freguesia, constituída por "intelectuais" do PS???!
E já que deu Lisboa como exemplo, ainda não vi nenhum
lisboeta/lisbonense/olisiponense mostrar repugnância pela palavra Olisipo,
antigo nome da cidade, nem pelo gentílico ainda usado que lhe está
associado! Isso sim, seria ridículo!
Quanto a Viriato, como loriguense/loricense devia saber que existe em Loriga
a tradição imemorial de este heroi lusitano ter nascido ali, e no século
XIII a principal rua da vila já tinha o seu nome. Claro que ninguém sabe
onde nasceu Viriato, mas ninguém vê esta incompreensível aversão nas gentes
de Folgosinho, de Viseu e de outras localidades onde a mesma tradição
existe! Ninguém pode afirmar que Viriato não nasceu numa destas localidades,
e até parece que os loricenses/loriguenses não desejam ser conterrâneos
dessa grande personagem histórica, estando à espera de serem eliminadas
todas as outras hipóteses até restar apenas Loriga, para depois dizerem com
má vontade: Está bem, pronto, o homem nasceu aqui!...
Ainda a propósito do brasão, temos aí outra triste e ridícula
particularidade, não sendo compreensível tanta polémica e tanta má vontade
em resolver um problema que tem a ver, não apenas com as leis da República
Portuguesa como também com a imagem da própria vila com a qual os seus
naturais se deviam preocupar.
Para terminar, permita-me expressar a minha enorme decepção pelo facto de o
Armando Pinto demonstrar um nível cultural aquém das suas anunciadas
habilitações académicas...


 Armando Pinto ----

Antes de mais: pensava eu que isso de ?C L... Ver maisófona? pudesse ser
coisa bem diferente e apenas isso me levou a aderir ao pedido que me chegou.
Enganei-me, confesso.
Depois: não aprecio nada polémicas com gente anónima porque o anonimato
permite, como é o caso, atrevimentos excessivos. E muitas vezes o anonimato
é a indumentária perfeita para gente cobarde cujo rosto gosta de esconder.
E começo por referir que o meu oponente passou, como gato passa sobre
brasas, por cima do argumento que utilizei sobre a legitimidade que alguém
tem ou pode ter para fixar um brasão e o querer impor a uma terra. Como se
isto da legitimidade democrática fosse uma questão menor. Se calhar é.
Naturalmente que registo o estilo de pezinhos de lã na entrada, o passar a
mão pelo pêlo (eu designado então como ?um homem que declara ter alguma
cultura?), para agora o meu oponente anónimo ser obrigado a confessar a sua
desilusão por, afinal, estar perante alguém com um nível cultural aquém das
suas habilitações académicas.
E depois estranha-se que use os termos ridículo e ridicularia a que agora
junto o do atrevimento. Na verdade, quem é que credenciou o meu anónimo
oponente para que se permita atribuir graus de cultura seja a quem for? E
atribui-os em nome de quem? Da república, de alguma academia ou em nome de
uma qualquer tribo doméstica?
É duro ter que lidar com intelectuais orgânicos, quando a mim basta e sobra
o JPP. Então não é que eu deveria saber que no século XXIII ? já vi escrito
século XII, mas deve ser questão de pormenor - já havia uma rua com o nome
de Viriato?
E que deveria ter isso como indício de prova de ser Viriato natural de
Loriga?
Com o mesmo argumento, não me arranja nada de modo a pôr S Ginês a nascer em
Loriga? E o nome da bem antiga Rua da Oliveira não daria para que Loriga
pudesse ser tida, segundo a vossa tão esmerada argumentação, como pátria do
pacifismo?
Como por vezes nada como um desenho, aqui fica um. Claro que muitas
localidades têm os seus nomes derivados do latim. E aceito Lorica como a
designação original numa altura em que a língua, pelo menos a predominante
ou a do ocupante, era o latim. Mas não sou tão elitista ao ponto de recusar
a terminologia que os ocupados fixaram depois ao longo do tempo. E isto até
me faz sugerir que se analise ? no plano psiquiátrico ? o que pode levar
alguém hoje a teimar nas designações dadas pelo ocupante, com recusa das que
o ocupado, livremente, decidiu assumir.
Porque, ainda quanto a isto, que movimentos conhece para restauração do
antigo nome de Lisboa? Até admito que possa haver para isso uma tribo
qualquer mas a que se liga menos importância do que a que estou a dar ao meu
anónimo oponente.
Dizia eu também, no início desde ?debate?, que Loriga tem problemas bem mais
importantes que o seu nome e o seu brasão. Não há muito, meia dúzia de
pessoas, entre as quais eu, andámos a tentar mover influências para a
criação de um museu ? já existem peças recolhidas ? mas esbarrando nalgumas
dificuldades: uma autarquia pouco interessada, um Presidente da Câmara que
prometia receber e não recebia. Nestas andanças, numa deslocação a Loriga,
identifiquei na Fábrica da Redondinha a existência de máquinas e outas
utilidades que valeria a pena preservar e que correm o risco de amanhã
desaparecerem como aconteceu com tantos que tiveram a sucata como destino.
Ora, para quem se arroga de tanta cultura e tanta preocupação pela história
e cultura loriguenses, ficam estas sugestões concretas. Dão mais trabalho,
talvez não permitam afirmar tanta ?erudição?, mas são bem mais úteis.
E ponto final. Identificada que está o que é a ?Comunidade Lusófona?, cada
qual segue o seu caminho. Da minha parte, votos de boa viagem.

C L -----

 Não há nada a fazer... Desisto!...
Se tivesse uma cabeça e uma mentalidade assim já me tinha suicidado com a
vergonha da inutilidade! É inacreditável!...
Lido tudo (e visto tudo) não é necessário viajar até ao seu século XXIII
para saber que, com este rumo e com loricenses/loriguenses a pensar desta
forma, a Rua de Viriato fará parte de um sítio arqueológico onde outrora
existia uma vila portuguesa chamada Loriga... Nem haverá ali gente a chamar
S.Ginês a S.Gens...
Confirma-se cada vêz mais que há mais "turistas", como eu, a preocuparem-se
e a gostarem mais daquela linda terra, que os próprios naturais de lá! Esses
enveredaram por uma espécie de suicídio colectivo e teimam em manter em
funcionamento o dispositivo de auto-destruição de Loriga!
Tenho muita pena, gosto muito daquela terra e de alguns
loricenses/loriguenses amigos do peito, mas felizmente que não é a minha
terra-natal! E fico por aqui...

Armando Pinto

De acordo. Fiquemos por aqui, já que
desistiu. Mas anote:
1. Que não me elucidou, quanto ao brasão, sobre a legitimidade democrática
de quem, criando um, entende dever impô-lo aos demais. Questão menor?
2. Também não foi capaz de me dar argumentos quanto às vantagens em que
agora se passe a chamar Lorica e loricenses à localidade que há séculos se
designa por Loriga, e aos seus habitantes loriguenses, termo sempre fixado,
por exemplo, para algumas colectividades locais. Aliás, Lorica e loricenses
são termos recentemente recuperados por quem se quer dar ares.
3. Igualmente não me convenceu, quanto a Viriato, sobre a sua pretensa
origem em Loriga e, já agora, das vantagens que poderiam advir, para Loriga,
de tal facto.
Acontece que Loriga se pode orgulhar de muitos seus naturais ? e não só ?
que por ela fizeram mais que qualquer Viriato. E espero que isso não escape
a quem se diz tão preocupado com Loriga e a sua história.
4. Ainda que S Ginês se possa equivaler a S Gens, eu que nasci em S Ginês
sempre me habituei a ver assim designado o local. E mais: os loriguenses é
assim que designam o local, por muito que isto custe a eruditos.
5. O que pode envergonhar quem se preocupe com Loriga é o tempo que alguns
perdem com coisas que nada têm a ver com os seus reais problemas e
dificuldades:
o brasão, o nome, a questão Viriato, a que se juntam mais alguns agora a
reclamar a restauração do antigo concelho. Porque, além do mais, isto só
ocupa quem, de facto, foge ao contributo para a solução dos reais problemas
dos habitantes de Loriga: as alternativas a uma indústria que já foi; a
preservação, de facto, da sua memória colectiva. E isto para deixar dois
exemplos.
6. Por tudo isto, Loriga não pode ser pretexto para falsas erudições de uns
quantos que, além disso, se atrevem a outorgar graus de cultura a terceiros
que não conhecem, quais intelectuais orgânicos para quem a cultura de outros
tem que ser a sua própria e auto-suficiente cultura.
7. De qq modo, sugiro que agregue então esses tantos turistas que conhece e
gostam mais que eu de Loriga e os envolva na real solução dos seus problemas
que são os problemas das suas gentes. Mas não lhes levem um brasão ou uma
nova designação que ninguém está a reclamar. Peguem então no que mais custa,
que para coisas fáceis já há muito voluntário.

C L

O Armando continua a demonstrar um nível intelectual e cultural
decepcionante e muito abaixo das habilitações que diz ter.Porém, isso não é
novidade...
1. Que legitimidade tem alguém, incluíndo autarcas, de impor um "brasão" que
sabem que nunca foi, não é, nem nunca poderá ser o brasão legal e oficial da
vila de Loriga? Estão por acaso acima das leis da República Portuguesa?
Acham por acaso que Loriga é uma excepção dentro de Portugal e que as leis e
as regras deste país não se aplicam à vossa vila? Pior do que tudo isso, que
legitimidade têm para prejudicar a imagem da vossa terra? Que legitimidade
tiveram os vossos autarcas para chamar mentirosos, vigaristas, vândalos,
inimigos de Loriga, e outros títulos a quem sempre teve razão sobre esta
questão? Acabaram por reconhecer o óbvio, mas, serão a teimosia e a
marretíce mais importantes do que a imagem de Loriga e o cumprimento das
leis deste país? A má imagem que têm dado de vocês e da vossa terra, e a
vossa marginalidade em relação a este caso não é "uma questão menor", e
deviam ter vergonha!
2. Quanto à questão de Lorica e de loricenses é um facto de sempre e não de
agora, já expliquei e não gosto de ser repetitivo nem de fazer desenhos, e
estou cada vêz mais convencido que estou a lidar com uma pessoa com um QI
que deixa muito a desejar...
3. Concordo quando diz que houve muitos destacados loriguenses/loricenses
(alguns foram e têm sido maltratados pelos conterrâneos como aliás o Armando
já reconheceu publicamente em intervenções suas), mas em relação a Viriato o
seu comentário é elucidativo de uma mentalidade tacanha e pouco culta!
Quando alguém diz que não vê qualquer vantagem em a sua terra-natal ser
confirmada como berço de Viriato, é de bradar aos céus!
Tudo isso confirma o que eu escrevi atrás sobre os loricenses/loriguenses e
a forma como eles lidam com a sua história e o seu património...
4. É ridículo afirmar que o facto de os naturais de Loriga chamarem S.Ginês
a S.Gens custa a engolir aos eruditos! Esse facto é encarado apenas como uma
curiosidade local, assim como o pormenor de repentinamente, e sem qualquer
motivo conhecido, o ancestral culto deste santo ter sido substituído
(incluíndo o orago da sua capela) pelo de Nossa Senhora do Carmo. Ó homem,
pode continuar a chamar a vossa alcunha a S.Gens que ninguém se chateia com
isso!... Aliás, em Loriga as alcunhas são tradicionais, e até podem arranjar
uma para o Santo António, para o S.Sebastião, para a Nossa Senhora da Guia,
etc, que ninguém se preocupa com isso!
5. Essa conversa de algumas pessoas não se preocuparem com os reais
problemas de Loriga não é nova e pretende apenas esconder a incapacidade e a
incompetência de quem não consegue sequer resolver aquilo a que chamam
problemas menores! Como se tem visto, se não conseguem resolver pequenos
problemas, alguns dos quais prejudicam gravemente a imagem da vila
(essencial, por exemplo para o turismo), que capacidade têm para resolver os
tais grandes problemas???!! Nenhuma!!!
6. Blá blá blá, e não disse nada!...
7. Não seja ridículo! Nenhum turista pretende levar-lhes nenhum brasão nem
nenhuma nova designação (bolas!) mas se continuam a ridicularizar e a
prejudicar a vossa terra não terão um aumento de turistas, mesmo que haja
este ou aquele loricense/loriguense isolado a remar contra essa estúpida
maré!...