LORIGA - * LORICA LUSITANORUM CASTRUM EST - História concisa de Loriga
Loriga - Vila bela e histórica na Serra da Estrela - Centro histórico de
Loriga, encimado pelo brasão da vila e pela bandeira de Portugal.
LORIGA
Loriga é uma vila e freguesia portuguesa,situada
na Serra da Estrela, distrito da Guarda. Tem 36,52 km² de área, e
densidade populacional de 37,51 hab/km².
Loriga encontra-se a 80km da Guarda e 300km de Lisboa.
A vila é acessível pela EN 231, e tem acesso à Torre
pela EN 338, seguindo
um traçado projectado décadas atrás, com um percurso de 9.2
km de paisagens deslumbrantes, entre as cotas
960m (Portela de Loriga) e 1650m, acima da Lagoa
Comprida onde entronca com a EN 339.
A àrea urbana da vila encontra-se a uma altitude
que varia entre os 770m e os 1200m.
Gentílico:Loricense ou loriguense
Orago: Santa Maria Maior
Código Postal:6270
Há décadas foi chamada a "Suíça Portuguesa" devido às
características da sua belíssima paisagem. Está
situada a partir de 770m de altitude, rodeada por
montanhas,todas com mais de 1500m de altitude
das quais se destacam a Penha dos
Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato
(1771m), e é abraçada por dois cursos de água: a
Ribeira de Loriga e a Ribeira de S.Bento,as quais
se unem depois da E.T.A.R. da vila.A Ribeira de
Loriga é um dos afluentes do Rio Alva.
Vila
A vila está dotada de uma ampla gama de infrastrutras,como por exemplo,a
Escola C+S Dr.Reis Leitão,a
Banda Filarmónica de Loriga , fundada em 1905, o corpo de Bombeiros
Voluntários de
Loriga, cujos serviços se desenvolvem na àrea do antigo Município
Loricense, a Casa de
Repouso Nª. Srª. da Guia, uma das últimas obras sociais de relevo,a
Associação Loriguense de Apoio
à Terceira Idade,o Grupo Desportivo Loriguense,fundado em 1934,Posto da
GNR,Correios,serviços bancários,
farmácia,Escola EB1 e pré-escolar, praia fluvial,estância de esqui (única
em Portugal),etc .
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
tradicional Amenta das Almas) e
festas em honra de S. António (durante o mês Junho) e S. Sebastião
(durante o mês de Julho), com as
respectivas mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das
festividades religiosas é a festa
dedicada NªSrª da Guia, padroeira da diáspora loricense, que se realiza
todos os anos, no primeiro
Domingo de Agosto.
Acordos de geminação:
Loriga celebrou acordo de geminação com:
A vila, actual cidade de Sacavém , no concelho de Loures, em 1 de Junho de
1996.
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História concisa de Loriga
Lorica,foi o nome dado pelos Romanos a Lobriga, povoação que foi,nos
Hermínius(actual Serra da Estrêla),um forte bastião lusitano contra os
invasores romanos.Os Hermínius foram a maior fortaleza lusitana e Lorica
situada no coração dessa fortaleza,perto do ponto mais alto.Lorica,do
latim,é nome de antiga couraça guerreira,de que derivou Loriga,com o mesmo
significado.Os próprios soldados e legionários romanos usavam Lorica.Os
Romanos puseram-lhe tal nome,devido à sua posição estratégica na serra,e
ao seu protagonismo durante a guerra com os Lusitanos(* LORICA LUSITANORUM
CASTRUM EST).É um caso raro de um nome que se mantém praticamente
inalterado há dois mil anos,sendo altamente significativo da antiguidade e
da história da povoação(por isso,a couraça é a peça central e principal do
brasão histórico da vila).
A povoação foi fundada estratégicamente no alto de uma colina,entre duas
ribeiras,num belo vale de origem glaciar.Desconhece-se,como é evidente,a
longínqua data da sua fundação,mas sabe-se que a povoação existe há mais
de dois mil e seiscentos anos,e surgiu originalmente no mesmo local onde
hoje está o centro histórico da vila.No Vale de Loriga,onde a presença
humana é um facto há mais de cinco mil anos,existem actualmente,além da
vila,as aldeias de Cabeça,Muro,Casal do Rei,e Vide.
Da época pré- romana existe,por exemplo uma sepultura antropomórfica com
mais de dois mil anos,num local onde existiu um antigo santuário,numa
época em que o nome da povoação era Lobriga,etimologia de evidente origem
céltica.Lobriga,foi uma importante povoação fortificada,Celta e
Lusitana,na serra.
A tradição local,e diversos antigos documentos,apontam Loriga como tendo
sido berço de Viriato,que nasceu,sem dúvida,nos Hermínius,onde foi pastor
desde criança.É interessante a descrição existente no livro manuscrito
História da Luzitânia,do Bispo-Mor do Reino(1580):"...Sucedeu o pastor
Viriato,natural de Lobriga,hoje a villa de Loriga,no cimo da Serra da
Estrêla,Bispado de Coimbra,ao qual,aos quarenta annos de idade,aclamarão
Rey dos Luzitanos,e casou em Évora com huma nobre senhora no anno
147...".A rua principal, da àrea mais antiga do centro histórico da vila
de Loriga,tem o nome de Viriato,em sua homenagem.
Ainda hoje existem partes da estrada,e uma das duas pontes(século I
a.C.),com que os Romanos ligaram Lorica ao restante império.A ponte romana
ainda existente,sobre a Ribeira de Loriga,está em bom estado de
conservação,e é um bom exemplar da arquitectura da época.
A estrada romana ligava Lorica a Egitânia (Idanha-a-Velha),Talabara
(Alpedrinha),Sellium (Tomar),Scallabis (Santarém),Olisipo (Lisboa) e a
Longóbriga (Longroiva),Verurium (Viseu),Balatucelum (Bobadela),Conímbriga
(Condeixa)e Aeminium (Coimbra).
Quando os romanos chegaram,a povoação estava dividida em dois núcleos
separados por poucas centenas de metros.O maior,mais antigo e principal
situava-se na àrea onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de
Viriato,sendo defendido por muros e paliçadas.O outro núcleo,constituído
apenas por algumas habitações,situava-se mais acima junto a um pequeno
promontório rochoso,em cima do qual mais tarde os Visigodos construíram
uma ermida dedicada a S.Gens.
Com o domínio romano,cresceu a importância de Lorica,uma povoação castreja
que recebeu populações de castros existentes noutros locais dos
Hermínius,e que entretanto foram abandonados.Isso aconteceu porque esses
castros estavam localizados em sítios onde a única vantagem existente era
a facilidade de defesa.Sítios que,ao contrário de Lorica,eram apenas um
local de refúgio,onde as habitações estavam afastadas dos recursos
necessários à sobrevivência,tais como àgua e solos aráveis.Um desses
castros abandonados,e cuja população se deslocou para Lorica,situava-se no
ainda conhecido Monte do Castelo,ou do Castro,perto da Portela de
Loriga.No século XVIII ainda eram visíveis as ruínas das fundações das
habitações que ali existiram,mas actualmente no local apenas se vêem
pedras soltas.
Loriga,foi também importante para os Visigodos,os quais deixaram uma
ermida dedicada a S.Gens,um santo de origem céltica,martirizado em
Arles,na Gália,no tempo do imperador Diocleciano.A ermida sofreu obras de
alteração e o orago foi substituído, passando a ser de Nossa Senhora do
Carmo.Com a passagem dos séculos,os loricenses passaram a conhecer o santo
por S.Ginês,hoje nome de bairro neste local do actual centro histórico da
vila.A actual derivação do nome romano,Loriga,começou a ser usada pelos
Visigodos.
A Igreja Matriz tem,numa das portas laterais,uma pedra com inscrições
visigóticas,aproveitada de um antigo pequeno templo existente no local
quando da construção datada de 1233.A antiga igreja,era um templo românico
com três naves,a traça exterior era semelhante à da Sé Velha de
Coimbra,tinha o tecto e abóbada pintados com frescos,e, quando foi
destruída pelo sismo de 1755,possuía nas paredes,quadros da escola de Grão
Vasco.Da primitiva igreja românica do século XIII restam partes das
paredes laterais.
Desde a reconquista cristã, que Loriga esteve sob a exclusiva influência
administrativa e eclesiástica de Coimbra,pertencendo também à Coroa e à
Vigariaria do Padroado Real,e foi o próprio rei(na época D.Sancho II)que
mandou construír a Igreja Matriz,cujo orago era,tal como hoje,de Santa
Maria Maior.Na segunda metade do século XII já existia a paróquia de
Loriga,e os fieis dos então poucos e pequenos lugares ou "casais" dos
arredores,vinham à vila assistir aos serviços religiosos.Alguns desses
lugares,hoje freguesias,foram,a partir do século XVI,adquirindo alguma
autonomia religiosa,começando por Alvoco,e seguindo-se Vide,Cabeça e
Teixeira.
A vila de Loriga ,recebeu forais de João Rhânia(senhorio das Terras de
Loriga durante cerca de duas décadas,no tempo de D.Afonso Henriques)em
1136,de D.Afonso III em 1249,de D.Afonso V em 1474,e recebeu foral novo de
D.Manuel I em 1514.
Com D.Afonso III,a vila recebeu o primeiro foral régio,e em 1474,D.Afonso
V doou Loriga ao fidalgo Àlvaro Machado,herdeiro de Luís Machado ,que era
também senhor de Oliveira do Hospital e de Sandomil ,doação confirmada em
1477, e mais tarde por D.Manuel I.No entanto,após a morte do referido
fidalgo,a vila voltou definitivamente para os bens da Coroa.No século
XII,o concelho de Loriga abrangia a àrea compreendida entre a Portela de
Loriga(hoje também conhecida por Portela do Arão)e Pedras
Lavradas,incluindo as àreas das actuais freguesias de Alvoco da
Serra,Cabeça,Teixeira,e Vide.Na primeira metade do século XIX,em 1836,o
concelho de Loriga passou a incluír Valezim e Sazes da
Beira.Valezim,actual aldeia histórica,recebeu foral em 1201,e o concelho
foi extinto em 1836,passando a pertencer ao de Loriga. Alvoco da Serra
recebeu foral em 1514 e Vide recebeu foral no século XVII,mas voltaram a
ser incluídas no concelho de Loriga em 1828 e 1834 respectivamente,também
no início do século XIX.As sete freguesias que ocupam a àrea do antigo
município loricense, constituem actualmente a denominada Região de
Loriga.Essas freguesias constituem também a Associação de Freguesias da
Serra da Estrela,com sede na vila de Loriga.
Loriga,é uma vila industrializada(têxtil) desde o início do século
XIX,quando "aderiu" à chamada revolução industrial,mas,já no século XVI os
loricenses produziam bureis e outros panos de lã.Loriga,chegou a ser uma
das localidades mais industrializadas da Beira Interior,e a actual sede de
concelho só conseguiu ultrapassá-la em meados do século XX.Tempos houve em
que só a Covilhã ultrapassava Loriga em número de empresas.Demonstrativo
da genialidade dos loricenses,é que tudo isso aconteceu apesar dos acessos
difíceis à vila,os quais até à década de trinta do século XX,se resumiam à
velhinha estrada romana de Lorica,contruída no século I antes de
Cristo.Nomes de empresas,tais como Regato,Fândega,Leitão &
Irmãos,Redondinha,Tapadas,Augusto Luís Mendes ,Moura
Cabral,Lorimalhas,Lages Santos,Nunes Brito,etc,fazem parte da rica
história industrial desta vila.A maior e principal avenida de Loriga tem o
nome de Augusto Luís Mendes ,o mais destacado dos antigos industriais
loricenses.
Mais tarde,a metalurgia,a pastelaria,e mais recentemente,o turismo (Loriga
tem enormes potencialidades turisticas),passaram a fazer parte dos pilares
da economia da vila.
Outra prova do génio loricense é um dos exlíbris de Loriga,os inúmeros
socalcos e a sua complexa rede de irrigação,construídos ao longo de muitas
centenas de anos,e que transformaram um vale belo mas rochoso,num vale
fértil.
Mas, Loriga acabou por ser derrotada por um inimigo político e
administrativo, local e
nacional, contra o qual teve que lutar desde meados do século XIX.
A história da vila de Loriga é, aliás, um exemplo das consequências que os
confrontos de uma guerra civil podem ter no futuro de uma localidade e de
uma região. Loriga tinha a
categoria de sede de concelho desde o século XII, tendo mas, por ter
apoiado os chamados Absolutistas contra os Liberais na guerra civil
portuguesa, teve o castigo de deixar de ser sede de concelho em 1855. A
conspiração movida
por desejos expansionistas da localidade que beneficiou com o facto,
precipitou os acontecimentos. Tratou-se de um grave erro
político e administrativo; foi, no mínimo, um caso de injusta vingança
política, numa época em que não existia democracia e reinavam o compadrio
e a corrupção, e assim começou o declínio de toda a região de Loriga
(antigo concelho de Loriga).
Se nada de verdadeiramente eficaz for feito, começando pela vila de
Loriga, esta região estará desertificada dentro de poucas décadas, o que,
tal como em relação a outras relevantes terras históricas do interior do
país, será com certeza considerado como uma vergonha nacional.
Confirmaria também a óbvia existência de graves e sucessivos erros nas
políticas de coesão,
administração e ordenamento do território. Para evitar tal situação,
vergonhosa para o país, é
necessário no mínimo por em prática o que já é reconhecido no papel:
desenvolver a vila de Loriga , pólo e centro da região.
Em Loriga existem a única estância e pistas de esqui existentes em
Portugal.Loriga,é a capital da neve em Portugal.
( Apontamento conciso sobre a história da vila de Loriga )
Loriga@site2003
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Brasão de Loriga
Heráldica Loriguense
Resumo do significado do brasão
Brasão:Escudo de azul,uma Lorica em vermelho realçada de prata,entre
duas rodas hidráulicas a negro e realçadas de branco;Em chefe
uma estrela de ouro,e na base dois montes a verde.
Coroa mural de prata de quatro torres.Listel branco,com a legenda a
negro:«LORIGA»
Bandeira:Esquartelada a azul e branco.Cordão e borlas de ouro.Haste
e lança de ouro.
Selo:Redondo,contendo no seu interior os mesmos símbolos do brasão,e
com a legenda:«Junta de Freguesia de Loriga»
Simbologia:Como peça central a Lorica,antiga couraça
guerreira,origem do nome multimilenar,lembra as origens remotas da
povoação e a história antiga da vila.
As duas rodas hidráulicas simbolizam a duas vêzes centenária
indústria loriguense,criada com o engenho das gentes de Loriga e que
fizeram a vila destacar-se ainda mais na região.Eram as rodas
hidráulicas que moviam as primitivas fábricas instaladas ao longo
das duas ribeiras que banham a vila.Esses abundantes recursos
hídricos foram em tempos mais remotos aproveitados também para mover
moínhos.
A estrela de ouro simboliza a Serra da Estrela.Pode também
simbolizar a vila como uma estrela dentro da Estrela,e o ponto de
referência dos inúmeros emigrantes loricenses espalhados pelo mundo.
Os montes na base simbolizam os belos e verdejantes montes que
ladeiam o belíssimo Vale de Loriga e a sua espectacular Garganta de
Loriga.
Freguesias da Região de Loriga [área do antigo Município Loricense]
As seis freguesias que rodeiam Loriga,e que fazem parte da Associação de Freguesias da Serra da Estrela,com sede nesta vila.
Alvoco da Serra
Alvoco da Serra é uma freguesia portuguesa da Região de Loriga, com 37,57 km² de área e 646 habitantes (2001). Densidade: 17,2 hab/km².
A freguesia é constituída por cinco localidades: Alvoco da Serra (sede da freguesia), Outeiro da Vinha, Vasco Esteves de Baixo, Vasco Esteves de Cima e Aguincho.
Alvoco da Serra recebeu foral de D. Manuel I em 17 de Fevereiro de 1514,data em que deixou de pertencer ao concelho de Loriga. Foi vila e sede de concelho entre esta data e 1836, ano em que o concelho foi extinto. Tinha, em 1801, 667 habitantes. Entre 1836 e 1855 pertenceu novamente ao concelho de Loriga, após o que passou a integrar o concelho de Seia.
Cabeça
Cabeça é uma freguesia portuguesa da Região de Loriga, com 8,55 km² de área e 229 habitantes (2001). Densidade: 26,8 hab/km². Durante muitos anos foi conhecida como São Romão de Cabeça.Até ao século XIX pertenceu ao concelho,à paróquia e à freguesia de Loriga.
A sua população vive em grande parte da agricultura e da pastorícia.
António de Almeida Santos , ministro em vários Governos, ex-presidente da Assembleia da República, filho de uma loricense, nasceu em Cabeça, numa época em que a sua mãe dava aulas na escola primária local.
Sazes da Beira
Sazes da Beira é uma freguesia portuguesa da Região de Loriga, com 6,39 km² de área e 341 habitantes (2001). Densidade: 53,4 hab/km².
A primeira fixação definitiva deu-se (supõe-se) no século XV, no lugar chamado de "Sazes Velho".
Em 1527 tinha a aldeia 65 pessoas. No entanto e continuando à procura de proximidade da água levou à fundação do que é hoje a aldeia de Sazes da Beira propriamente dita. Não se sabe a data da fundação da sua freguesia/paróquia, mas sabe-se que foi no início do século XVIII.Em 1731 é edificada a sua Igreja Matriz.
Desde a sua fundação, Sazes pertenceu sempre ao concelho de Sandomil até à extinção deste em 1836, data em que passou a pertencer ao município de Loriga.No meio de todas as remodelações administrativas sofridas (em que Sandomil esteve prestes a pertencer ao concelho de Loriga), a freguesia de Sazes (correspondente a todo o território da sua paróquia) pertenceu ao concelho de Loriga até 1855,data em que este foi extinto.
Teixeira
Teixeira é uma freguesia portuguesa da Região de Loriga, com 12,88 km² de área e 233 habitantes (2001). Densidade: 18,1 hab/km².
Pertenceu ao concelho de Loriga até 1514 data em que Alvoco da Serra recebeu foral de D. Manuel I, passando depois a fazer parte do novo concelho da Vide no início do século XVII.
Voltou a ser incluída no município de Loriga, com a extinção do concelho de Vide em 1836, e até 1855. Passa então para o concelho de Seia ao qual pertence actualmente.
Valezim
Valezim é uma freguesia portuguesa da Região de Loriga, com 10,94 km² de área, 382 habitantes (2001) e densidade populacional de 34,9 hab/km².
A hipótese mais aceite é que o nome provém de vallecinus (palavra do latim para vale pequeno).
As principais actividades económicas da população estão ligadas à agricultura e pastorícia, turismo de habitação e à construcção civil.
O seu primeiro foral é atribuído em 1201, por D. João de Foyle. Em 1514 é renovado por D. Manuel I, e passa constituir um concelho formado apenas pela freguesia da sede. Entre os anos de 1836 e 1855 pertenceu ao concelho de Loriga.
Nessa data foi integrado no concelho de Seia, onde pertence.
A sua maior festividade é em honra de Nossa Senhora da Saúde, realizada anualmente, no primeiro Domingo de Setembro.
Vide
Vide é uma freguesia portuguesa da Região de Loriga, com 51,25 km² de área e 843 habitantes (2001), com uma densidade populacional de 16,4 hab/km².
Está situada na zona centro do país, no Parque Natural da Serra da Estrela , a uma distância de 25 Km da Torre.
A freguesia engloba as seguintes e pequenas povoações anexas:
Abitureira,Baiol,Balocas,Baloquinhas,Barreira,Barriosa,Barroco da Malhada,Borracheiras,Carvalhinho,Casal do Rei,Casas Figueiras,Cide, Chão Cimeiro,Coucedeira,Costeiras,Fontes do Cide,Foz da Rigueira,Foz do Vale,Frádigas,Gondufo,Lamigueiras,Malhada das Cilhas,Monteiros,Muro
,Obra,Outeiro,Ribeira,Rodeado,Sarnadinha,Silvadal e Vale do Cide.
Pertenceu ao concelho de Loriga até ao início do século XVII,época em que recebeu foral.Foi vila e sede de concelho até ao início do século XIX (1834), tendo nessa época passado a pertencer novamente ao município loriguense até 1855, ano em que foi integrado no concelho de Seia. Em 1801 era constituído apenas pela freguesia da sede e tinha 750 habitantes.
Últimos estudos, levados a cabo em 2002, confirmam que o povoamento do Vale de Loriga em cujo extremo se encontra Vide, remonta aos finais do Paleolítico Superior.
Entre as zonas de Entre-águas e de Ferradurras, nesta freguesia, há alguns núcleos rochosos que possuem várias inscrições rupestres, os maiores descobertos até agora, que foram objecto de estudo por parte da Associação Portuguesa de Investigação Arqueológica, e que segundo os traços gerais apresentados, pertencem à Idade do Bronze. A aldeia da Vide tem vários acessos sendo os principais a EN 230, que vem de Oliveira do Hospital, e a EN 238, na Portela de Loriga, cruzamento com a EN 231 que une Loriga a Seia.
LORIGA - TERRA DE VIRIATO - Viriathus was born in Loriga
Algumas das principais campanhas de Viriato, contra os Romanos, na
Península Ibérica.Os Romanos dominavam então a àrea apresentada a
vermelho.
VIRIATO
"...Sucedeu o pastor Viriato ,natural de Lobriga,hoje a vila de Loriga ,no
cimo na Serra da Estrêla,Bispado de Coimbra;Ao qual,tendo quarenta anos de
idade,aclamaram Rei dos Lusitanos e casou em Évora com uma nobre
Senhora,no ano 147.
Prendeu em batalha, ao Pretor romano Caio Vetílio e lhe degolou 4000
soldados;A Caio Lucitor,daí a uns dias,matou 6000.
Ao capitão Caio Plaucio ,matou Viriato mais de 4000 junto de
Toledo.Reforçou-se o dito capitão,e dando batalha junto de Évora,prendeu
4000 soldados.
No ano 146,o Pretor Cláudio Unimano lhe deu batalha e de todo foi
destruído por Viriato,que repartiu os despojos pelos soldados,pondo nos
montes mais altos da Lusitânia,os estendartes romanos..."
(Página do livro manuscrito História da Lusitânia,do Bispo Mor do
Reino,1580,"traduzida" do português arcaico para o actual)
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-Algumas citações de alguns dos mais importantes antigos historiadores
romanos:
*** -"Viriato,um lusitano de nascimento,sendo pastor desde criança nas
altas montanhas*,foi para todos os Romanos motivo do maior terror.A
princípio armando emboscadas,depois devastando províncias,por último
vencendo,pondo em fuga,subjugando exércitos de Pretores, e Cônsules
romanos."(Orósio(5.4.1)
*** -"Viriato,nascido e criado nas mais altas montanhas* da Lusitânia,onde
foi pastor desde criança,conseguiu reunir o apoio de todo o seu povo para
sacudir o jugo romano e fundar uma grande nação livre na
Hispânia"(Floro(1.33)
*** -"...Este Viriato era originário dos Lusitanos...Sendo pastor desde
criança,estava habituado a uma vida dura nas altas montanhas*...Famoso
entre as populações,foi por eles escolhido como chefe...(Diodoro
Sículo(33.1.1-4)....
*Hermínius,actual Serra da Estrela
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-Todos os grandes historiadores,começando pelos romanos antigos,elogiam as
grandes qualidades de Viriato.Nelas se destacam,a inteligência,o
humanismo,a capacidade de liderança,e a sua grande visão de estratega
militar e político.A este grande homem,que liderou os
Lusitanos,antepassados dos portugueses,os romanos só conseguiram vencer
recorrendo à vergonhosa traição cobarde.Este homem,tal como outros que
ficaram na história,tinha origens humildes,provando-se na época,tal como
hoje,que as capacidades individuais não dependem do estrato social,nem das
habilitações académicas.
Viriato,era apenas um pastor,habituado desde criança a percorrer as
montanhas dos Herminius(actual Serra da Estrêla),onde nasceu,e que
conhecia como as palmas das suas mãos,inclusivé as povoações lusitanas da
serra.A Lobriga,sua terra-natal,um povoado fortificado situado
estratégicamente próximo do ponto mais alto da serra,os romanos puseram o
nome de Lorica(antiga couraça guerreira).
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- Os Romanos chamaram Lorica,nome de antiga couraça guerreira(LORICA
LUSITANORUM CASTRUM EST),à povoação lusitana,fortificada, de Lobriga,nome
de evidente etimologia céltica.O nome Lorica foi escolhido devido à sua
posição estratégica no coração dos Herminius,e ao papel desempenhado
durante a resistência contra os invasores romanos numa serra que era a
maior fortaleza lusitana.Do latim, Lorica,derivou Loriga,com o mesmo
significado,e esta derivação do nome latino começou a ser usada pelos
Visigodos.Um caso raro de um nome que se mantém praticamente inalterado há
dois mil anos,sendo altamente significativo da história e da antiguidade
da povoação(por isso,a couraça é a peça central do brasão histórico da
vila).
Loriga,existe há mais de vinte e seis séculos,e a povoação foi fundada
estratégicamente e originalmente no alto de uma colina,entre duas
ribeiras, na àrea onde hoje existe o centro histórico da vila.A rua
principal da àrea mais antiga do centro histórico da vila tem o nome de
Viriato em sua homenagem.Exactamente na àrea onde,há mais de dois mil e
seiscentos anos,foram feitas as primeiras habitações pelos antepassados
dos loricenses.
Da época pré-romana existe,por exemplo,uma sepultura antropomórfica,num
local onde existiu um antigo santuário.
Existem ainda troços da estrada romana,e uma das duas pontes(sec.I a.C.)
com que os Romanos ligaram Lorica ao restante império.Esta estrada ligava
Lorica a
Egitânia(Idanha-a-Velha),Talabara(Alpedrinha),Sellium(Tomar),Scallabis(Santarém),Olisipo(Lisboa),e
a
Longóbriga(Longróiva),Verurium(Viseu),Balatucelum(Bobadela),Conímbriga(Condeixa)e
Aeminium(Coimbra).
Quando os Romanos chegaram,a povoação estava dividida em dois núcleos.O
maior e principal,situava-se na àrea onde hoje existem a Igreja Matriz e a
parte superior da Rua de Viriato,e estava protegido por muros e
paliçadas.O outro núcleo,constituído por poucas habitações,estava
localizado junto de um promontório rochoso onde hoje existe o Bairro de
S.Ginês ( S.Gens ).
A vila de Loriga ,recebeu forais de João Rhânia(senhorio das Terras de
Loriga no tempo de D.Afonso Henriques),e dos reis D.Afonso III,D.Afonso V,
e D.Manuel I,nos séculos XII,XIII,XV e XVI,respectivamente.
Eclesiaticamente,Loriga pertencia à Vigariaria do Padroado Real,sob a
dependência de Coimbra,e a Igreja Matriz,dedicada a Santa Maria Maior ,foi
mandada construír pelo rei D.Sancho II em 1233.Era um templo românico de
três naves e traça exterior semelhante à da Sé Velha de Coimbra.Foi
destruída pelo sismo de 1755.
O concelho de Loriga(actual Região de Loriga)incluíu a àrea onde hoje
existem as freguesias de Alvoco da Serra,Cabeça,Sazes da
Beira,Teixeira,Valezim,e Vide.Inicialmente,desde o século XII,até ao
início do século XIX,o Município Loricense,e até à inclusão de Valezim,não
ia além da Portela de Loriga.
Alvoco da Serra,que recebera foral no século XVI,foi reintegrado no
Concelho de Loriga no início do século XIX.Vide,que recebera foral no
século XVII,foi reintegrada no Município Loricense na mesma época.
A bela e histórica Loriga é uma vila industrial desde princípios do século
XIX.Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira
Interior,e só foi ultrapassada pela actual sede de concelho em meados do
século XX.O grande dinamismo dos loricenses ultrapassou até os maus
acessos,já que,durante mais de dois mil anos,e até à década de trinta do
século XX,a única estrada existente era a velhinha estrada romana.
Mas,o génio dos loricenses está também patente no que é um dos exlibris de
Loriga:Os socalcos e a sua complexa rede de irrigação que são ainda a
marca inconfundível da paisagem loricense.Ao longo de centenas de anos,os
loricenses construíram aquela obra gigantesca,tranformando um vale belo
mas pedregoso,num vale fértil.
Loriga,tem enormes potencialidades turísticas,e as únicas pistas e
estância de esqui existentes em Portugal,estão localizadas em
Loriga.Loriga,é a capital da neve em Portugal.
As actuais sete freguesias do antigo Concelho de Loriga( incluindo a vila
),e as suas mais de trinta localidades anexas,constituem a Região de
Loriga.As mesmas localidades constituem também a Associação de Freguesias
da Serra da Estrela,com sede na vila de Loriga.
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VIRIATHUS WAS BORN IN LORIGA
In 147 b.C.,thousands of Lusitanian warriors found themselves surrounded
by the military forces of magistrate Caio Vetílio.At first this seemed
like just another Roman attempt to seize the Iberian Península in the on
going war in which the Roman Republic had led for years.But pursued by the
enemy,the Lusitanians elect one of their own and hand him absolute
power.Born in Lobriga , Lusitania ,Lorica for the Romans,current Loriga in
Portugal ,this man,who for seven will taunt the Romans,is called Viriathus.
Between 147 and 139,the year in which he was killed (murder by Romans,he
was assassinated while sleeping),Viriathus successively defeated Roman
armies,led a greater part of the iberian peoples into revolt and was
responsible for the beginning of the war of Numância.
After the murder,the Lusitanian guerrilla was continued to resist,"the
women boke arms with the men,who died wiht a will,not a man of them
showing his back,or uttering a cry.Of the women who were captured some
killed themselves,others slew their children also with their own
hands,considering death preferable to captivity".
Viriathus,is considered the first Lusian figure,and also national hero in
Portugal.It was born without a doubt in the Hermínius,current Serra da
Estrela,wehere he was shepherd since child,more precisely in
Lobriga,Lorica for the Romans,current Loriga,in Portugal .
Viriathus,was praised had to is great qualities human beings,and of great
strategist to military and diplomat,inclusively for the old Romans
historians.Viriathus,proved that at the time,such as today,the individual
capacities do not depend on the social estratum nor of the academical
qualifications.Viriathus,was only one shepherd,accustomed since child to
cover mountains of the heart of the Lusitania .
Roman,the superpower of the time,only obtained to arrange away it to
win,resort to the shameful and dishonourable treason coward!Curiously,it
was after an act of high treason of the part of the Romans,wich cost the
life the thousand of disarmed Lusitanians,that Viriathus was elect to
leader for is compatriots.
Viriathus,leader that it directed with effectiveness the resistence of the
Lusitanians,ancestors of the Portugueses,against a powerful invader,is
considered since its time an example to follow.
Viriathus,was a true military genious,politician and
diplomat.But,moreover,he was the defender of a world asphyxiated by the
great Roman dominion.The world in which he very roots of Portugal are
implanted.
Viriathus,is a real portuguese national hero.
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LORIGA
Loriga is an ancient,beautiful and historic small portuguese town,located
in the Serra da Estrela mountains.
Known as Lobriga by the Lusitanians and Lorica by the Romans,it is more
than 2600 years old.
Notable people from Loriga include Viriathus ( known as Viriato in
Portuguese ),a famous Lusitanian leader and portuguese national hero.
Loriga as enormous touristics potentialities and they are the only ski
resort and ski trails existing in Portugal ( Loriga is the Lusian Capital
and the capital of the snow in Portugal ).
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LORIGA - Vila de PORTUGAL
Centro histórico de Loriga, encimado pelos brasões da vila e de Portugal.
LORIGA
Loriga é uma vila e freguesia portuguesa,situada
na Serra da Estrela, distrito da Guarda. Tem 36,52
km² de área, e densidade populacional de 37,51 hab/km² (2005).
Loriga encontra-se a 80km da Guarda e 300km de Lisboa.
A vila é acessível pela EN 231, e tem acesso à Torre
pela EN 338, seguindo
um traçado projectado décadas atrás, com um percurso de 9.2
km de paisagens deslumbrantes, entre as cotas
960m (Portela de Loriga) e 1650m, acima da Lagoa
Comprida onde entronca com a EN 339.
A àrea urbana da vila encontra-se a uma altitude
que varia entre os 770m e os 1200m.
Gentílico:Loricense ou loriguense
Orago: Santa Maria Maior
Código Postal:6270
Há décadas foi chamada a "Suíça Portuguesa" devido às
características da sua belíssima paisagem. Está
situada a partir de 770m de altitude, rodeada por
montanhas,todas com mais de 1500m de altitude
das quais se destacam a Penha dos
Abutres (1828m de altitude) e a Penha do Gato
(1771m), e é abraçada por dois cursos de água: a
Ribeira de Loriga e a Ribeira de S.Bento,as quais
se unem depois da E.T.A.R. da vila.A Ribeira de
Loriga é um dos afluentes do Rio Alva.
VILA
A vila está dotada de uma ampla gama de infrastrutras,como por exemplo,a
Escola C+S Dr.Reis Leitão,a Banda Filarmónica de Loriga , fundada em 1905,
o corpo de Bombeiros Voluntários de Loriga, cujos serviços se desenvolvem
na àrea do antigo Município Loricense, a Casa de Repouso Nª. Srª. da Guia,
uma das últimas obras sociais de relevo,a Associação Loriguense de Apoio à
Terceira Idade,o Grupo Desportivo Loriguense,fundado em 1934,Posto da
GNR,Correios,serviços bancários,farmácia,Escola EB1 e pré-escolar, praia
fluvial,estância de esqui (única em Portugal),etc .
Ao longo do ano celebram-se de maneira especial o Natal, a Páscoa (com a
tradicional Amenta das Almas) e festas em honra de S. António (durante o
mês Junho) e S. Sebastião (durante o mês de Julho), com as respectivas
mordomias e procissões. Porém, o ponto mais alto das festividades
religiosas é a festa dedicada NªSrª da Guia, padroeira da diáspora
loricense, que se realiza todos os anos, no primeiro Domingo de Agosto.
Acordos de geminação:
Loriga celebrou acordo de geminação com:
A vila, actual cidade de Sacavém , no concelho de Loures, em 1 de Junho de
1996.
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HISTÓRIA CONCISA DE LORIGA
Lorica,foi o nome dado pelos Romanos a Lobriga, povoação que foi,nos
Hermínius(actual Serra da Estrêla),um forte bastião lusitano contra os
invasores romanos.Os Hermínius foram a maior fortaleza lusitana e Lorica
situada no coração dessa fortaleza,perto do ponto mais alto.Lorica,do
latim,é nome de antiga couraça guerreira,de que derivou Loriga,com o mesmo
significado.Os próprios soldados e legionários romanos usavam Lorica.Os
Romanos puseram-lhe tal nome,devido à sua posição estratégica na serra,e
ao seu protagonismo durante a guerra com os Lusitanos(* LORICA LUSITANORUM
CASTRUM EST).É um caso raro de um nome que se mantém praticamente
inalterado há dois mil anos,sendo altamente significativo da antiguidade e
da história da povoação(por isso,a couraça é a peça central e principal do
brasão histórico da vila).
A povoação foi fundada estratégicamente no alto de uma colina,entre duas
ribeiras,num belo vale de origem glaciar.Desconhece-se,como é evidente,a
longínqua data da sua fundação,mas sabe-se que a povoação existe há mais
de dois mil e seiscentos anos,e surgiu originalmente no mesmo local onde
hoje está o centro histórico da vila.No Vale de Loriga,onde a presença
humana é um facto há mais de cinco mil anos,existem actualmente,além da
vila,as aldeias de Cabeça,Muro,Casal do Rei,e Vide.
Da época pré- romana existe,por exemplo uma sepultura antropomórfica com
mais de dois mil anos,num local onde existiu um antigo santuário,numa
época em que o nome da povoação era Lobriga,etimologia de evidente origem
céltica.Lobriga,foi uma importante povoação fortificada,Celta e
Lusitana,na serra.
A tradição local,e diversos antigos documentos,apontam Loriga como tendo
sido berço de Viriato,que nasceu,sem dúvida,nos Hermínius,onde foi pastor
desde criança.É interessante a descrição existente no livro manuscrito
História da Luzitânia,do Bispo-Mor do Reino(1580):"...Sucedeu o pastor
Viriato,natural de Lobriga,hoje a villa de Loriga,no cimo da Serra da
Estrêla,Bispado de Coimbra,ao qual,aos quarenta annos de idade,aclamarão
Rey dos Luzitanos,e casou em Évora com huma nobre senhora no anno
147...".A rua principal, da àrea mais antiga do centro histórico da vila
de Loriga,tem o nome de Viriato,em sua homenagem.
Ainda hoje existem partes da estrada,e uma das duas pontes(século I
a.C.),com que os Romanos ligaram Lorica ao restante império.A ponte romana
ainda existente,sobre a Ribeira de Loriga,está em bom estado de
conservação,e é um bom exemplar da arquitectura da época.
A estrada romana ligava Lorica a Egitânia (Idanha-a-Velha),Talabara
(Alpedrinha),Sellium (Tomar),Scallabis (Santarém),Olisipo (Lisboa) e a
Longóbriga (Longroiva),Verurium (Viseu),Balatucelum (Bobadela),Conímbriga
(Condeixa)e Aeminium (Coimbra).
Quando os romanos chegaram,a povoação estava dividida em dois núcleos
separados por poucas centenas de metros.O maior,mais antigo e principal
situava-se na àrea onde hoje existem a Igreja Matriz e parte da Rua de
Viriato,sendo defendido por muros e paliçadas.O outro núcleo,constituído
apenas por algumas habitações,situava-se mais acima junto a um pequeno
promontório rochoso,em cima do qual mais tarde os Visigodos construíram
uma ermida dedicada a S.Gens.
Com o domínio romano,cresceu a importância de Lorica,uma povoação castreja
que recebeu populações de castros existentes noutros locais dos
Hermínius,e que entretanto foram abandonados.Isso aconteceu porque esses
castros estavam localizados em sítios onde a única vantagem existente era
a facilidade de defesa.Sítios que,ao contrário de Lorica,eram apenas um
local de refúgio,onde as habitações estavam afastadas dos recursos
necessários à sobrevivência,tais como àgua e solos aráveis.Um desses
castros abandonados,e cuja população se deslocou para Lorica,situava-se no
ainda conhecido Monte do Castelo,ou do Castro,perto da Portela de
Loriga.No século XVIII ainda eram visíveis as ruínas das fundações das
habitações que ali existiram,mas actualmente no local apenas se vêem
pedras soltas.
Loriga,foi também importante para os Visigodos,os quais deixaram uma
ermida dedicada a S.Gens,um santo de origem céltica,martirizado em
Arles,na Gália,no tempo do imperador Diocleciano.A ermida sofreu obras de
alteração e o orago foi substituído, passando a ser de Nossa Senhora do
Carmo.Com a passagem dos séculos,os loricenses passaram a conhecer o santo
por S.Ginês,hoje nome de bairro neste local do actual centro histórico da
vila.A actual derivação do nome romano,Loriga,começou a ser usada pelos
Visigodos.
A Igreja Matriz tem,numa das portas laterais,uma pedra com inscrições
visigóticas,aproveitada de um antigo pequeno templo existente no local
quando da construção datada de 1233.A antiga igreja,era um templo românico
com três naves,a traça exterior era semelhante à da Sé Velha de
Coimbra,tinha o tecto e abóbada pintados com frescos,e, quando foi
destruída pelo sismo de 1755,possuía nas paredes,quadros da escola de Grão
Vasco.Da primitiva igreja românica do século XIII restam partes das
paredes laterais.
Desde a reconquista cristã, que Loriga esteve sob a exclusiva influência
administrativa e eclesiástica de Coimbra,pertencendo também à Coroa e à
Vigariaria do Padroado Real,e foi o próprio rei(na época D.Sancho II)que
mandou construír a Igreja Matriz,cujo orago era,tal como hoje,de Santa
Maria Maior.Na segunda metade do século XII já existia a paróquia de
Loriga,e os fieis dos então poucos e pequenos lugares ou "casais" dos
arredores,vinham à vila assistir aos serviços religiosos.Alguns desses
lugares,hoje freguesias,foram,a partir do século XVI,adquirindo alguma
autonomia religiosa,começando por Alvoco,e seguindo-se Vide,Cabeça e
Teixeira.
A vila de Loriga ,recebeu forais de João Rhânia(senhorio das Terras de
Loriga durante cerca de duas décadas,no tempo de D.Afonso Henriques)em
1136,de D.Afonso III em 1249,de D.Afonso V em 1474,e recebeu foral novo de
D.Manuel I em 1514.
Com D.Afonso III,a vila recebeu o primeiro foral régio,e em 1474,D.Afonso
V doou Loriga ao fidalgo Àlvaro Machado,herdeiro de Luís Machado ,que era
também senhor de Oliveira do Hospital e de Sandomil ,doação confirmada em
1477, e mais tarde por D.Manuel I.No entanto,após a morte do referido
fidalgo,a vila voltou definitivamente para os bens da Coroa.No século
XII,o
concelho de Loriga abrangia a àrea compreendida entre a Portela de
Loriga(hoje também conhecida por Portela do Arão)e Pedras
Lavradas,incluindo as àreas das actuais freguesias de Alvoco da
Serra,Cabeça,Teixeira,e Vide.Na primeira metade do século XIX,em 1836,o
concelho de Loriga passou a incluír Valezim e Sazes da
Beira.Valezim,actual aldeia histórica,recebeu foral em 1201,e o concelho
foi extinto em 1836,passando a pertencer ao de Loriga. Alvoco da Serra
recebeu foral em 1514 e Vide recebeu foral no século XVII,mas voltaram a
ser incluídas no concelho de Loriga em 1828 e 1834 respectivamente,também
no início do século XIX.As sete freguesias que ocupam a àrea do antigo
município loricense, constituem actualmente a denominada Região de
Loriga.Essas freguesias constituem também a Associação de Freguesias da
Serra da Estrela,com sede na vila de Loriga.
Loriga,é uma vila industrializada(têxtil) desde o início do século
XIX,quando "aderiu" à chamada revolução industrial,mas,já no século XVI os
loricenses produziam bureis e outros panos de lã.Loriga,chegou a ser uma
das localidades mais industrializadas da Beira Interior,e a actual sede de
concelho só consegui ultrapassá-la em meados do século XX.Tempos houve em
que só a Covilhã ultrapassava Loriga em número de empresas.Demonstrativo
da genialidade dos loricenses,é que tudo isso aconteceu apesar dos acessos
difíceis à vila,os quais até à década de trinta do século XX,se resumiam à
velhinha estrada romana de Lorica,contruída no século I antes de
Cristo.Nomes de empresas,tais como Regato,Fândega,Leitão &
Irmãos,Redondinha,Tapadas,Augusto Luís Mendes ,Moura
Cabral,Lorimalhas,Lages Santos,Nunes Brito,etc,fazem parte da rica
história industrial desta vila.A maior e principal avenida de Loriga tem o
nome de Augusto Luís Mendes ,o mais destacado dos antigos industriais
loricenses.
Mais tarde,a metalurgia,a pastelaria,e mais recentemente,o turismo (Loriga
tem enormes potencialidades turisticas),passaram a fazer parte dos pilares
da economia da vila.
Outra prova do génio loricense é um dos exlíbris de Loriga,os inúmeros
socalcos e a sua complexa rede de irrigação,construídos ao longo de muitas
centenas de anos,e que transformaram um vale belo mas rochoso,num vale
fértil.
Em Loriga existem a única estância e pistas de esqui existentes em
Portugal.Loriga,é a capital da neve em Portugal.
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VISITE A BELA E HISTÓRICA VILA DE LORIGA,NA SERRA DA ESTRÊLA.
-A LOBRIGA DOS CELTAS E DOS LUSITANOS.
-FUNDADA ESTRATÉGICAMENTE,HÁ MAIS DE DOIS MIL E SEISCENTOS ANOS, NO ALTO
DE UMA COLINA,ENTRE DUAS RIBEIRAS(HOJE, A RIBEIRA DE LORIGA E A RIBEIRA DE
S.BENTO).
-POVOAÇÃO PLURIMILENAR.
-A POVOAÇÃO SURGIU ORIGINALMENTE NO LOCAL ONDE ACTUALMENTE ESTÁ O CENTRO
HISTÓRICO DA VILA.
-BERÇO DE VIRIATO,QUE NASCEU,SEM DÚVIDA, NOS HERMÍNIUS(ACTUAL SERRA DA
ESTRELA)ONDE FOI PASTOR DESDE CRIANÇA.
-EXTRACTO DO LIVRO MANUSCRITO, HISTÓRIA DA LUSITÂNIA [BISPO-MOR DO
REINO,1580]:..."SUCEDEU O PASTOR VIRIATO ,NATURAL DE LOBRIGA,HOJE A VILA DE
LORIGA,NO CIMO DA SERRA DA ESTRELA,BISPADO DE COIMBRA"...
-A LORICA DOS ROMANOS [ LORICA LUSITANORUM CASTRUM EST ]QUE LHE PUSERAM O
NOME DEVIDO À SUA POSIÇÃO ESTRATÉGICA NA SERRA E POR TER SIDO UM BASTIÃO
LUSITANO CONTRA OS INVASORES.
(LORICA,DO LATIM, OU LORIGA - NOME DE ANTIGA COURAÇA GUERREIRA).UM CASO
RARO EM POTUGAL DE UM NOME QUE SE MANTÉM PRATICAMENTE INALTERADO HÁ DOIS
MIL ANOS,SENDO ALTAMENTE REPRESENTATIVO DA ANTIGUIDADE E DA HISTÓRIA DA
POVOAÇÃO(POR ISSO,A COURAÇA É A PEÇA CENTRAL E FUNDAMENTAL DO BRASÃO
HISTÒRICO DA VILA). -IMPORTANTE POVOAÇÃO VISIGÓTICA.OS VISIGODOS DEIXARAM
UMA ERMIDA DEDICADA A S.GENS,E FORAM ELES QUE COMEÇARAM A USAR A ACTUAL
VERSÃO DO NOME ROMANO [LORIGA].
-VILA DESDE O SÉCULO XII (RECEBEU FORAIS DE JOÃO RHÂNIA(SENHORIO DAS
TERRAS DE LORIGA NO TEMPO DE D.AFONSO HENRIQUES),D.AFONSO III,D.AFONSO V,
E D.MANUEL I,RESPECTIVAMENTE).
-PARÓQUIA DESDE O SECULO XII,A IGREJA MATRIZ FOI CONSTRUÍDA NO SÉCULO
XIII.
-VILA INDUSTRIAL DESDE O INÍCIO DO SÉCULO XIX [TÊXTIL],EMBORA ESTA
ACTIVIDADE JÁ EXISTISSE NO SÉCULO XVI. -A LOCALIDADE GEOGRAFICAMENTE MAIS
PRÓXIMA DA TORRE, O PONTO MAIS ALTO DA SERRA DA ESTRELA(INCLUI NA SUA ÀREA
AS PISTAS DE ESQUI, ÙNICAS EM PORTUGAL).LORIGA,É A CAPITAL DA NEVE EM
PORTUGAL.VENHA PRATICAR ESQUI À VILA DE LORIGA.
-UMA DAS MAIS BELAS VILAS E UMA DAS MAIS ANTIGAS POVOAÇÕES DE PORTUGAL.
-REGIÃO DE LORIGA(ÀREA DO ANTIGO MUNICÍPIO LORICENSE):VILA DE LORIGA E AS
FREGUESIAS DE ALVOCO DA SERRA,CABEÇA,TEIXEIRA,SAZES DA BEIRA,VALEZIM E
VIDE.CONSTITUI A ASSOCIAÇÃO DE FREGUESIAS DA SERRA DA ESTRELA,COM SEDE NA
VILA DE LORIGA.
- BEM-VINDOS À BELA REGIÃO DE LORIGA - BEM-VINDOS À BELA E HISTÓRICA VILA
DE LORIGA -
-( NOTA:Houve quem,de forma pouco rigorosa,ou tendenciosa,quisesse fazer
passar a ideia de que Loriga só recebeu o foral de D.Manuel I,chegando a
atribuir àquele rei documentos datados de 1474 e 1477 ( D.Manuel I iniciou
o seu reinado em 1495 ),e afirmando serem os mais antigos com referências
a Loriga ,numa tentativa forçada de apagar o passado histórico e municipal
da vila,anteriores ao século XVI (importantes documentos desapareceram de
forma estranha e conveniente e inventaram história a condizer),tentando
assim também justificar e legitimar a grande injustiça de que Loriga foi
vítima em 1855!Nesse ano,a vingança política e a intriga movida por
desejos expansionistas,ditaram o fim do Município de Loriga.
Foi escrito também que Loriga teria surgido originalmente num local
conhecido por Chão do Soito onde terá existido uma espécie de "Loriga
provisória".Só mais tarde (?!) os habitantes se teriam apercebido do erro
da escolha daquele local e se teriam mudado para a localização actual,ali
ao lado!Dadas as características do dito Chão do Soito,comparadas com as
do local onde de facto Loriga foi fundada,só quem sabe pouco ou não sabe
nada de história,e consequentemente desconhece os hábitos das populações
da época,ou queira insultá-las,é que pode afirmar tal coisa!É uma teoria
ridícula que só serve para denegrir a imagem dos antepassados dos
loricenses,remetendo-os para o mundo das anedotas:"Quais "cabecinhas não
pensadoras e lentas" fundaram uma povoação,e só depois compreenderam que o
tinham feito no lugar errado e ao lado do lugar ideal,contra a lógica da
época!"Aliás,em nenhuma época a colina onde existe o centro histórico de
Loriga,seria preterida e trocada pelo outro local!
Estas e outras ideias sem sentido foram copiadas por outros e vêem-se
escritas por aí,dando uma ideia errada da história de Loriga. )-
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HOMENAGEM A UM GRANDE LORICENSE/LORIGUENSE
HOMENAGEM:O Sr.Conde,de uma forma discreta,já que a promoção pessoal nunca
foi o seu objectivo,tem dedicado grande parte do seu tempo ao estudo e
investigação da história,à defesa do património e do desenvolvimento,e à
divulgação da vila de Loriga.Uma pequena parte do resultado do seu estudo
sobre a história da vila de Loriga foi já publicada no jornal Garganta de
Loriga e em outra imprensa local,regional,nacional e internacional. Essa
pequena parte da sua pesquisa está disponível em diversos sites e outras
publicações sobre Loriga(com ou sem referências ao seu nome),de diversos
autores,e é conhecida dos loricenses.Estão também disponíveis,nos mais
diversos sites ( a Wikipédia é um deles ) e outras publicações,extractos
de alguns dos seus artigos publicados(com ou sem referências ao seu nome).
São também conhecidas,e tendo em vista exclusivamente os objectivos
referidos,as suas sempre assumidas iniciativas,nos poderes
públicos,entidades oficiais,imprensa regional e nacional, e estações de
televisão portuguesas e estrangeiras.
É um loricense sempre atento a tudo que se passa na sua terra-natal,à qual
o prendem fortes raízes.O seu trabalho tem sido de grande importância para
a resolução dos principais problemas da vila de Loriga,para o conhecimento
da sua história,e para a sua divulgação,dentro e fora de Portugal.O seu
trabalho foi,e tem sido fundamental,para tirar Loriga da sombra em que
esteve mergulhada,dando-a a conhecer a Portugal e a todo o mundo.
A propósito dos principais problemas da vila,destaca-se,por exemplo,a sua
decisiva intervenção nos seguintes casos:Conclusão da EN 338(conhecida
localmente por Estrada de S.Bento),construção do novo edifício da Escola
C+S de Loriga,reparação da EN 231,construção do quartel dos Bombeiros
Voluntários de Loriga,classificação do património histórico,ordenamento
dos símbolos heráldicos da vila,instalação de um museu dos
lanifícios,construção de um pavilhão gimnodesportivo.
O Sr.Conde não se tem preocupado apenas com a vila,mas também com a Região
de Loriga,ou seja,com as outras seis freguesias cujas àreas pertenciam ao
antigo Município de Loriga.É uma região com uma identidade própria,a
preservar e desenvolver,e que ele tem defendido e divulgado como tal.
Aliás,o Sr.Conde é um homem de cultura,com grandes e diversificadas
capacidades,e como tal,o trabalho pela sua terra-natal e pela sua região,é
apenas uma parte dos seus interesses e actividades.
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EXTRACTOS DE ALGUNS DOS TESTEMUNHOS MAIS SIGNIFICATIVOS:
"Já todos nos habituámos à regular colaboração do nosso conterrâneo
António Conde.São homens como ele que alimentam a curiosidade e o
interesse sobre as problemáticas locais e sobre a imprensa regional...
...Este loriguense é um homem preocupado com a terra que o viu nascer,à
qual o prendem fortes raízes.No entanto,pela sensibilidade com que
escreve,pelos apelos que faz à unidade loriguense,António Conde tem
revelado,ao longo dos anos que vem mantendo colaboração no jornal,um
pensamento coerente e linear.
Concorde-se ou não com o acentuado sentido crítico que empresta aos seus
artigos,nomeadamente na sua crónica"Quo vádis Lorica",o facto é que
António Conde não se limita a falar dos problemas,mas aponta soluções.Por
isso,a redacção do "GL" considera-o um loriguense de causas.
...Digam lá se o exemplo de António Conde não é de seguir.
Este loriguense,para além de reclamar junto dos poderes públicos para a
resolução dos problemas de Loriga,não guarda para si a informação
recebida,antes a envia ao "GL",para que todos a conheçam.Preto no
branco,com cópias dos ofícios e tudo.
Assim é que é!Obrigado António Conde,pela consideração que tem pelo
"GL",pela ANALOR,e por Loriga."
(In jornal Garganta de Loriga (GL),Maio de 2002)
"Dizer Bem – Promover Loriga
Há coisas e situações que, no dia-a-dia, merecem que as olhemos de forma
positiva.
António Conde,homem de grande cultura,homem de grandes convicções e
princípios,e muito ligado às chamadas "novas tecnologias",é o principal
responsável pela divulgação de Loriga e da sua história,e um dos
principais responsáveis pela resolução dos principais problemas da vila.
O Sr.Conde é hoje muito diferente do homem que deixou a sua querida
terra-natal há vinte anos,e mesmo quando residia na sua vila de Loriga,já
era muito
mais do que muitos dos seus conterrâneos pensavam ou ainda pensam dele!
Embora alguns seus conterrâneos tenham dificuldade em aceitar,por
incredulidade ou má-fé,a realidade é que Loriga deve muito a este seu
filho,que,ao
contrário de outros por aí que fizeram muito menos,ou não fizeram nada
pela sua terra,não procura publicidade nem notoriedade.Por exemplo,não
existe
nenhum site assinado com o seu nome,mas a maioria dos sites a nível
nacional e internacional que falam de Loriga e da sua história (e já são
muitos) fazem-no
graças à pesquisa e divulgação do Sr.Conde.
Sem a acção do Sr.Conde, a vila de Loriga não seria o que é,não seria tão
conhecida,e a sua verdadeira história e do seu património ainda estariam
na
penumbra.Ninguém conseguiu mais para a sua terra-natal que o
Sr.Conde,especialmente nos últimos 17 ou 18 anos!"
(In blog Dizer Bem,artigo escrito por: Jorge Andrade em 20 de Julho de
2006. 10:49 PM)
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"Loriga a concelho
Loriga,vila e sede de concelho desde o século XII,pagou caro pelo apoio
dado aos "absolutistas" contra os "liberais".
Numa época em que a consciência democrática era inexistente,havia
retaliações para quem tinha ideias diferentes das de quem detinha o poder.
Em tais circunstâncias,há sempre quem queira beneficiar do mal
alheio,e,para tal,ajude a provocar a precipitação dos acontecimentos.
O concelho de Loriga ,foi extinto pela vingança politica e pelos
interesses expansionistas de quem beneficiou com o facto.Uma completa
injustiça!
Passados cento e quarenta e dois anos,a vila e a Região de
Loriga,continuam "a cumprir a pena à qual foram condenadas",como se
estivessem a pagar juros.
De vêz em quando,como acontece actualmente,a"pena"é aliviada e surge algum
progresso,mas,a história diz-nos que esta é uma situação rara.A realidade
local confirma-o.
O concelho de Loriga,incluia mais de trinta povoações,entre freguesias e
suas anexas,e algumas estão agora a quarenta quilómetros da actual sede de
municipio.A vila de Loriga está a vinte quilómetros.
Se o concelho de Loriga não for restaurado a curto prazo,daqui a poucas
décadas a região estará repleta de aldeias fantasmas,e a vila de Loriga
estará pouco melhor.
Fala-se muito no caso de Vizela,mas,o caso de Loriga é mais grave,embora
não seja tão mediatizado,e é de resolução mais urgente.
Não se fala de um Movimento para a Restauração do Concelho de Loriga,nos
jornais,rádios e televisões,mas,em nome de toda a lógica
administrativa,democrática e politica,o problema tem que ser resolvido.Só
assim a região de Loriga terá futuro.
António Conde"
(In jornal Correio da Manhã ,de 28 de Agosto de 1997)
"Loriga a concelho
Já tinha lido há algum tempo no Correio da Manhã,este artigo de António
Conde,nosso conterrâneo e colaborador deste jornal,acerca da extinção do
concelho de Loriga,causas e consequências.
O texto ,que eu,com a devida vénia,transcrevo para "este espaço",está à
vossa disposição na internet,na "Home Page" da vila de Loriga,e em
http://www.terravista.pt/Meco/1087.E foi daí que o tirei.
Como adenda,aproveito para juntar alguns números,resultantes das últimas
eleicões autárquicas,para assim se compreender melhor o artigo.
Assim:
O concelho de Seia,com uma àrea de 448km2,é o 6º maior do Distrito da
Guarda(que tem 14).Com 29 freguesias e uma população de 29990 habitantes e
26683 eleitores.É o mais populoso,logo a seguir à Guarda!
Em termos de comparação,temos Sabugal com 40 freguesias e dezenas de
anexas,numa àrea de 827 km2 para 16320 habitantes.
O concelho de Manteigas é o mais pequeno do Distrito da Guarda,com uma
àrea de 112 km2 ,3 freguesias e 3758 eleitores.
Agrupando as localidades desde o rio Alva,excluíndo Lapa e Vila Cova,até
às Pedras Lavradas,temos:Valezim,Sazes,Sandomil,Cabeça,Alvoco,Teixeira,e
Vide.A estas freguesias há ainda a acrescentar as anexas,que só Vide tem
28!
Este conjunto de freguesias que formariam o concelho de Loriga,somam entre
si um número de eleitores superior a 6500,o que nos colocaria à frente de
78 municípios com uma população e número de eleitores mais pequena que a
nossa!
Como disse,ficam aqui dados concretos para a discussão,agora que se fala
tanto em novos concelhos,descentralização e regionalização...Vamos a
isso!?"
(In jornal Garganta de Loriga ,em Junho de 1998)
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QUANDO O CONCELHO DE LORIGA FOI EXTINTO,HAVIA A CONSCIÊNCIA DE A DECISÃO
SER UM GRAVE ERRO ADMINISTRATIVO E POLÍTICO(COMO TEM VINDO A
CONFIRMAR-SE),MAS,OS INTERESSES DAS POPULAÇÕES DA REGIÃO DE LORIGA FORAM
CONSIDERADOS DESPREZÍVEIS.UMA INJUSTIÇA QUE NUNCA FOI REPARADA,E QUE,SE
NADA FÔR FEITO, PROVOCARÁ FINALMENTE A MORTE DE TODAS AS LOCALIDADES DA
REGIÃO,DAS QUAIS RESTARÃO APENAS RUÍNAS ABANDONADAS.SERÃO,COMEÇANDO PELAS
DA VILA DE LORIGA, UM GIGANTESCO MONUMENTO À INJUSTIÇA,À INCOMPETÊNCIA,E À
CEGUEIRA.
TODAS AS POLÍTICAS LOCAIS OU NACIONAIS DE AMBIENTE,ORDENAMENTO E
ADMINISTRAÇÃO DO TERRITÓRIO,DEVEM TER SEMPRE COMO OBJECTIVO A EVOLUÇÃO DAS
CONDIÇÕES DE VIDA DAS POPULAÇÕES,E O DESENVOLVIMENTO DAS LOCALIDADES.TAIS
POLÍTICAS NUNCA DEVEM PROMOVER OU FOMENTAR,DIRECTA OU INDIRECTAMENTE,O
ÊXODO DAS POPULAÇÕES,E A DESERTIFICAÇÃO HUMANA.
PARA EVITAR A DESERTIFICAÇÃO DA REGIÃO DE LORIGA,É NECESSÁRIO NO
MÍNIMO,PÔR EM PRÁTICA O QUE JÁ É RECONHECIDO NO PAPEL;DESENVOLVER A VILA
DE LORIGA,PÓLO E CENTRO DA REGIÃO.
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