Herois e Traidores - Olivença é Portuguesa
«Se Olivença é uma causa perdida, não é Olivença que está perdida para
Portugal;
é muito provavelmente Portugal que se perdeu a si próprio, incapaz de
defender
os seus interesses e muito especialmente os seus direitos.»
Grupo dos Amigos de Olivença
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Segunda-feira, 18 de Julho de 2005
- Herois e Traidores
Viriato e a Lusitânia
"...Sucedeu o pastor Viriato, natural de Lobriga, hoje a vila de
Loriga, no
cimo na Serra da Estrela, Bispado de Coimbra; ao qual, tendo quarenta
anos
de
idade, aclamaram
Rei dos Lusitanos e casou em Évora com uma nobre
Senhora,
no
ano 147.
Prendeu em batalha, ao Pretor romano Caio Vetílio e lhe degolou 4000
soldados; a Caio Lucitor, daí a uns dias, matou 6000.
Ao capitão Caio Plaucio ,matou Viriato mais de 4000 junto de
Toledo. Reforçou-se o dito capitão, e dando batalha junto de Évora,
prendeu
4000 soldados.
No ano 146,o Pretor Cláudio Unimano lhe deu batalha e de todo foi
destruído
por Viriato, que repartiu os despojos pelos soldados, pondo nos montes
mais
altos da Lusitânia, os estandartes romanos..."
(Página do livro manuscrito História da Lusitânia, do Bispo Mor do
Reino,1580,"traduzida" do português arcaico para o actual)
-Algumas citações de alguns dos mais importantes antigos historiadores
romanos:
*** -"Viriato, um lusitano de nascimento, sendo pastor desde criança
nas
altas
montanhas*,foi para todos os Romanos motivo do maior terror. A
princípio
armando emboscadas, depois devastando províncias, por último vencendo,
pondo em
fuga, subjugando exércitos de Pretores, e
Cônsules
romanos."(Orósio(5.4.1)
*** -"Viriato, nascido e criado nas mais altas montanhas* da
Lusitânia,
onde
foi pastor desde criança, conseguiu reunir o apoio de todo o seu povo
para
sacudir o jugo romano e fundar uma grande nação livre na
Hispânia"(Floro(1.33)
*** -"...Este Viriato era originário dos Lusitanos...Sendo pastor
desde
criança, estava habituado a uma vida dura nas altas
montanhas*...Famoso
entre
as populações, foi por eles escolhido como chefe...(Diodoro
Sículo(33.1.1-4)....
*Hermínius, actual Serra da
Estrela
-Todos os grandes historiadores, começando pelos romanos antigos,
elogiam
as
grandes qualidades de Viriato. Nelas se destacam, a inteligência, o
humanismo, a
capacidade de liderança, e a sua grande visão de estratega militar e
político. A este grande homem, que liderou os Lusitanos, antepassados
dos
portugueses, os romanos só conseguiram vencer recorrendo à vergonhosa
traição
cobarde. Este homem, tal como outros que ficaram na história, tinha
origens
humildes, provando-se na época, tal como hoje, que as capacidades
individuais
não dependem do estrato social, nem das habilitações académicas.
Viriato, era apenas um pastor, habituado desde criança a percorrer as
montanhas dos Herminius (actual Serra da Estrela),onde nasceu, e que
conhecia
como as palmas das suas mãos, inclusive as povoações lusitanas da
serra. A
Lobriga, sua terra-natal, um povoado fortificado situado
estrategicamente
próximo do ponto mais alto da serra, os romanos puseram o nome de
Lorica (antiga couraça guerreira).
- Os Romanos chamaram Lorica, nome de antiga couraça guerreira (LORICA
LUSITANORUM CASTRUM EST),à povoação
lusitana, fortificada, de Lobriga,
nome de
evidente etimologia céltica. O nome Lorica foi escolhido devido à sua
posição
estratégica no coração dos Herminius, e ao papel desempenhado durante
a
resistência contra os invasores romanos numa serra que era a maior
fortaleza
lusitana. Do latim, Lorica, derivou Loriga,com o mesmo significado, e
esta
derivação do nome latino começou a ser usada pelos Visigodos. Um caso
raro
de
um nome que se mantém praticamente inalterado há dois mil anos, sendo
altamente significativo da história e da antiguidade da povoação
(por
isso,
a
couraça é a peça central do brasão histórico da vila).
Loriga, existe há mais de vinte e seis séculos, e a povoação foi
fundada
estrategicamente e originalmente no alto de uma colina, entre duas
ribeiras,
na área onde hoje existe o centro histórico da vila. A rua principal
da
área
mais antiga do centro histórico da vila tem o nome de Viriato em sua
homenagem. Exactamente na área onde, há mais de dois mil e seiscentos
anos, foram feitas as primeiras habitações pelos antepassados dos
loricenses.
Da época pré-romana existe, por exemplo, uma sepultura antropomórfica,
num
local onde existiu um antigo santuário.
Existem ainda troços da estrada romana, e uma das duas pontes (sec.I
a.C.)
com
que os Romanos ligaram Lorica ao restante império. Esta estrada ligava
Lorica
a Egitânia (Idanha-a-Velha),Talabara (Alpedrinha),Sellium
(Tomar),Scallabis
(Santarém),Olisipo (Lisboa),e
a Longóbriga (Longróiva),Verurium (Viseu),Balatucelum
(Bobadela),Conímbriga
(Condeixa-a-Velha)e
Aeminium (Coimbra).
Quando os Romanos chegaram, a povoação estava dividida em dois
núcleos. O
maior e principal, situava-se na área onde hoje existem a Igreja
Matriz e
a
parte superior da Rua de Viriato, e estava protegido por muros e
paliçadas.
O
outro núcleo, constituído por poucas habitações, estava localizado
junto
de um
promontório rochoso onde hoje existe o Bairro de S.Ginês ( S.Gens ).
A vila de Loriga, recebeu forais de João Rhânia (senhorio das Terras
de
Loriga
no tempo de D.Afonso Henriques),e dos reis
D.Afonso III, D.Afonso V, e
D.Manuel I,nos séculos XII,XIII,XV e XVI, respectivamente.
Eclesiaticamente, Loriga pertencia à Vigariaria do Padroado Real, sob
a
dependência de Coimbra, e a Igreja Matriz, dedicada a Santa Maria
Maior,
foi
mandada construir pelo rei D.Sancho II em 1233.Era um templo românico
de
três naves e traça exterior semelhante à da Sé Velha de Coimbra. Foi
destruída pelo sismo de 1755.
O concelho de Loriga (actual Região de Loriga)incluíu a área onde hoje
existem as freguesias de Alvoco da Serra, Cabeça, Sazes da
Beira, Teixeira, Valezim, e Vide. Inicialmente,
desde o século XII,até
ao
início
do século XIX,o Município Loricense, e até à inclusão de Valezim,não
ia
além
da Portela de Loriga.
Alvoco da Serra, que recebera foral no século XVI,foi reintegrado no
Concelho
de Loriga no início do século XIX. Vide, que recebera foral no século
XVII,foi
reintegrada no Município Loricense na mesma época.
A bela e histórica Loriga é uma vila industrial desde princípios do
século
XIX. Chegou a ser uma das localidades mais industrializadas da Beira
Interior, e só foi ultrapassada
pela actual sede de concelho em meados
do
século XX.O grande dinamismo dos loricenses ultrapassou até os maus
acessos, já que, durante mais de dois mil anos, e até à década de
trinta
do
século XX,a única estrada existente era a velhinha estrada romana.
Mas,o génio dos loricenses está também patente no que é um dos
exlibris de
Loriga: Os socalcos e a sua complexa rede de irrigação que são ainda a
marca
inconfundível da paisagem loricense. Ao longo de centenas de anos,os
loricenses construíram aquela obra gigantesca, tranformando um vale
belo
mas
pedregoso, num vale fértil.
Loriga,tem enormes potencialidades turísticas, e as únicas pistas e
estância
de esqui existentes em Portugal, estão localizadas em Loriga. Loriga,
é a
capital da neve em Portugal.
As actuais sete freguesias do antigo Concelho de Loriga( incluindo a
vila
),e as suas mais de trinta localidades anexas, constituem a Região de
Loriga.
( Feita na vila de Loriga, no dia 08 de Setembro de 2002 )
extraído do site:
Loriga - Terra
de Viriato [
http://www.viriatus.no.sapo.pt]
Bandeira dos Lusitanos
Quando a península ibérica foi invadida pelos romanos,
os lusitanos da Serra da Estrela se opuseram à dominação. Resistiram
bravamente durante dez anos, liderados por Viriato, até que Roma envia
Cipião, que suborna três embaixadores do chefe luso - Audax, Ditalkon
e
Minuros que, em 140 AC, o assassinam enquanto dormia.
Assim, décadas depois, em 61 AC, seria necessário o próprio Júlio
César
para
submeter os povos do noroeste, transformando a
região numa província
romana,
a Lusitânia.
A bandeira dos lusos, como se vê, é o que há de mais simples: um pano
com
o
desenho do animal símbolo.
A cor branca deve ter sido escolhida por acaso, sem intenção de querer
expressar algo.
Para os primitivos, as cores não representavam os grupos, ao invés,
pelo
emblema - algum instrumento, vegetal, animal ou astro. O branco
realçava o
dragão verde.
O dragão dos lusos pode ter esta pauta de ideias: os pés do leão
significam
a
fortaleza; as asas de águia, a sabedoria, a velocidade; a cauda da
serpente a astúcia, a estratégia, a vigilância.
O verde foi inspirado na exuberante natureza da Lusitânia. Cabe
ressaltar
que o dragão é o elemento mais rico da simbologia.
Na batalha de Aljubarrota, em 14 de Agosto de 1385, D João I, de
Portugal,
derrotou decisivamente o Rei de Castela e garantiu a independência de
Portugal. Os cavaleiros da Ala dos Namorados, comandados pelo
Condestável
Nuno Álvares Pereira lutavam sob uma bandeira verde como o velho
dragão
lusitano.
O verde permanece na última bandeira portuguesa e na actual
Bandeira
do
Brasil.
Não há nenhum registro escrito com a forma correcta da Bandeira dos
Lusos,
surgindo divergência entre os autores sobre a forma do dragão e seu
posicionamento na bandeira. A versão apresentada é a mais aceite.
extraído do site:
Academia militar das agulhas negras,Brasil.
Este artigo foge um pouco do nosso tema: Olivença, mas tem como
finalidade mostrar que descendemos de uma raça de heróis onde os
traidores só trouxeram
desgraça.
Comentários:
De Anónimo a 19 de Julho de 2005 às 16:29
Os Lusitanos resistiram bravamente durante dez anos, aos ataques dos
Romanos,
liderados por Viriato( afinal temos sangue nas veias), até que Roma envia
Cipião, que suborna três embaixadores do chefe luso - Audax, Ditalkon e
Minuros
(o pior são os traidores entre nós)que, em 140 AC, o assassinam enquanto
dormia.
Comentar post:Defendendo Olivença
Em defesa do português Oliventino
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