[Date Prev][Date Next][Thread Prev][Thread Next][Date Index][Thread Index]

Máfia do Lixo-6a.feira-15-02-2013



Máfia do Lixo

 
15/02/2013

NEWSLETTER
MÁFIA DO LIXO

ANO 10

Adm. Enio Noronha Raffin
CRA-RS 4175
(51) 8195-9544 contato@mafiadolixo.com

Siga o Site Máfia do Lixo no
Twitter

 

 

 

O tema do licenciamento ambiental do empreendimento da Construtora Queiróz Galvão S/A em Mogi das Cruzes tem repercussão nacional.

A Prefeitura de Mogi das Cruzes obteve sucesso no pedido de tutela antecipada requerida pelo Município no começo desse mês.

Em 13 de fevereiro de 2012, o juiz da Vara da Fazenda Pública de Mogi das Cruzes, Bruno Machado, determinou a suspenção do processo de licenciamento número 13.568/03, que tramita na Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para análise da viabilidade ambiental do aterro sanitário que a empreiteira Queiroz Galvão pretende instalar naquela cidade.

A decisão foi tomada para que seja assegurada a “autonomia” do Município e seu direito de participação no processo.

Caso qualquer das partes insista em dar continuidade ao procedimento, estará sujeita a multa de R$ 500 mil.

O juiz Bruno Machado acatou as alegações do Município: “Nem se descuide, ainda, da necessidade da efetiva participação do Município que receberá o empreendimento ambiental (e que, a princípio, sofrerá com a invasão de lixo de municípios de toda a região estadual) em respeito à sua autonomia, constitucionalmente assegurada. (…) Bastante incisiva a assertiva municipal de que o Estado não pode alijar o Município do licenciamento e tampouco impor limites à garantia de poder influir nos atos decisórios do processo licencia tório. (…) O prosseguimento do processo licenciatório pode gerar risco de dano irreparável, que ao meio ambiente, quer à legalidade e ao respeito aos princípios básicos do nosso federalismo”.

Área onde a empresa pretende instalar o aterro sanitárioA decisão coloca fim a qualquer possibilidade de breve agendamento de uma nova audiência pública para discussão do Centro de Tratamento de Resíduos em Mogi das Cruzes, empreendimento do grupo Queiróz Galvão. Cabe recurso.

Acabou o carnaval. Nessa quarta-feira de Cinzas, a Prefeitura de Porto Alegre, governo do prefeito José Fortunati (PDT), por meio do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) suspendeu a Concorrência 2/2012 – Processo no. 005.002141.12.4 que tem por objeto a “contratação de empresa para prestação de serviços de capina em vias públicas no município de Porto Alegre”.

IMAGEM-DMLU-SUSPENSÃO LICITAÇÃO CAPINA - 14-02-2013Conforme o Diário Oficial de Porto Alegre, em sua edição de no. 4.444 dessa quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013, página 21, o presidente da comissão permanente de licitações do Departamento Municipal de Limpeza Urbana – DMLU “comunica a todos os interessados que a abertura da licitação acima (leia-se Concorrência 2/2012), que estava marcada para ocorrer no dia 18/02/2013, foi SUSPENSA, para retificação do Edital”.

Enquanto não é escolhida a nova empresa privada para realizar o serviço de “capina mecanizada”, o governo do prefeito Fortunati (PDT) vai mantendo a empresa Mecanicapina Limpeza Urbana Ltda operando na capital gaúcha, de forma emergencial.

O contrato sem licitação pública firmado entre o Departamento Municipal de Limpeza Urbana – DMLU e a empresa Mecanicapina é por 180 dias, tendo sido assinado pelas partes na data de 20 de novembro de 2012, restando então aproximadamente 50% do prazo para o seu encerramento.

Já há quem se arisca a dizer, em tese, que com essa nova SUSPENSÃO do edital da Concorrência 2/2012, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana – DMLU fará novo contrato emergencial com a empresa Mecanicapina Limpeza Urbana Ltda.

A conta dos contratos de emergência no DMLU de Porto Alegre chega a uma dúzia, todos realizados sem licitação pública, firmados no governo Fortunati a partir de dezembro de 2011, quase uma média de um por mês.

Inacreditável!!!

Quanto a limpeza da cidade, o prefeito José Fortunati chegou a conclusão “que esta gestão ‘picoteada’, porque são cinco grupos que fazem a coleta do lixo, recolhimento, não funciona, não tem funcionado, e a cidade tem ficado suja”.

A gestão do lixo que o governo Fortunati tanto sonha implantar em Porto Alegre está sendo discutindo na Justiça. O processo nº 11202478019 ingressado pelo Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul tramita em SEGREDO DE JUSTIÇA.

A gestão aglutinada dos cinco serviços diferentes de limpeza urbana, promovida pelo governo Fortunati, envolve o montante de R$ 405.742.920,00 (quatrocentos e cinco milhões, setecentos e quarenta e dois mil e novecentos e vinte reais), sem considerar os reajustes anuais e adequações econômico-financeiras no prazo contratual de 60 meses.

Enquanto discutem na Justiça do Rio Grande do Sul, se a gestão será “picoteada” ou “aglutinada”, com relação à operação dos serviços de limpeza urbana de Porto Alegre, o contribuinte da “taxa do lixo” da capital gaúcha vai vendo os preços aumentarem a cada confecção de novo instrumento emergencial, diga-se de passagem, sem licitação pública.

Quem ganha com tudo isso é a iniciativa privada contratada sem licitação pública, cujas empresas não precisam se submeter ao que determina a Lei Federal no. 8.666/93, e a cada novo contrato dito de emergência, aproveitam para ofertar preços sempre acima da inflação anual.

Quanto a execução dos serviços de emergência, basta lembrar as palavras do prefeito José Fortunati, quando disse que “a cidade tem ficado suja”.



http://www.mafiadolixo.com
2004-2013 © Todos os direitos reservados

Se você não quiser receber este E-mail,
por favor clique aqui para excluir seu cadastro.

---